Travessuras da Menina Má

Aos poucos vou revelando minhas paixões, uma delas é a leitura.

Eu amo ler, é meu vício. Leio tudo que atraem os meus olhos, outdoor, placas, folhetos, jornais, revistas, livros e até gente. A paixão começou cedo. Desde pequena eu já era fascinada e apegada aos meus livrinhos, lia e relia-os diversas vezes ao dia sem enjoar. Com o passar dos anos, fui evoluindo e os livros também, já não lia mais a Branca de Neve e os 7 anões, Os três porquinhos etc, eu queria mais, então passei a ler os livros infanto-juvenis, era O diário de Lucas, O que toda garota precisa saber, dentre outros.

Até que conheci os romances – o que me tornou uma romântica incorrigível – gosto de todas as histórias de amor, independente de o final ser feliz ou não. Eu gosto do que faz meu coração bater forte, tira minha respiração, me deixa sem dormir, me faz sonhar, por isso é que o morno e o mais ou menos nunca me interessaram, muito menos quando se trata de amor.
Com 16 anos, eu ganhei uns dos melhores livros de romance que já li de uma pessoa que virou referencial pra mim, meu primeiro gestor e eterno amigo Carlinhos.

Travessuras da Menina Má de Mário Vargas Llosa.

Para quem gosta de um bom romance e quer fugir dos tradicionais “água-com-açúcar” fica aí a dica, é impossível não gostar deste livro. O romance te consome, te prende até a última página. Intenso, forte, sádico, viciante e fala de amor nas suas mais variadas faces, um livro que analisa a condição humana ao mesmo tempo em que cria uma tensão entre o cômico e o trágico, misturando ficção com realidade. Ele mostra que amor, dor, alegria, ódio e possessão estão intimamente relacionados, além de apresentar um contexto histórico-cultural riquíssimo.

Imperdível!

Só não vamos nos tornar meninos e meninas más hein!

Alguns trechos:

“- Uma vez, há muitos anos, nesse mesmo quarto, você me perguntou o que era a felicidade para mim, lembra, bom menino? E eu disse que era o dinheiro, encontrar um homem poderoso e muito rico. Estava errada. Agora sei que, para mim, a felicidade é você”.

Menina Má

“O medo é uma doença também. Que paralisa, que anula. Eu não sabia, e agora eu sei. Conheço algumas pessoas aqui em Paris, mas não confio em ninguém. Em você, sim. Esta é a verdade, acredite se quiser. Posso te telefonar de vez em quando?"

Menina Má

“Você não vai morrer. Deixei que você fizesse comigo todas as canalhices do mundo, desde que éramos crianças, mas essa, de morrer, não. Isso eu proíbo!”

Ricardo

“É a única mulher que amei, desde menina. Fiz o impossível para esquecê-la, mas na verdade é inútil. Sempre a amarei. Para mim a vida não vai ter sentido se ela morrer”.

Ricardo

Agora me diga se não é intenso?

Beijos