Ao P.,
Não. Eu não sinto a tua falta. Às vezes, só às vezes, eu me lembro do quanto era bom aqueles nossos momentos, o quanto eles me fizeram feliz.
Não é do teu corpo, dá tua presença física, que eu sinto falta não, é da segurança que você me dava mesmo longe.
Ah, e nem é dos teus beijos, e sim dos teus carinhos, da sua mão no meu cabelo fazendo cafuné enquanto eu me esquecia da vida que existia lá fora.
E você precisa saber que não são os teus olhos que chamam atenção, mas a tua miopia. Ah, eu achava um charme a tua miopia!
E o meu vício por perfumes não me faz sentir saudades do teu, eu gostava mesmo era daquele teu cheiro das quartas-feiras à noite quando você voltava do futebol e passava lá em casa, o teu cheiro se fundia com o da maresia e se transforma na fragância perfeita, e eu, com o meu egoísmo, achava que aquele cheiro era meu, só meu.
E eu preciso confessar uma coisa, eu sempre odiei a tua comida sem sal e teus sucos estranhos, todas as vezes que comi foi por amor, porque apesar de ruim eu via a dedicação com que você os fazia pra mim.
E de todos os nossos momentos, o único que sempre vou lembrar é daquele dia que você colocou as cartas na mesa e me contou todos os teus medos, e você chorou, eu senti que naquele momento todos os nossos laços estreitavam-se para sempre, ledo engano...
E é do teu riso que eu sinto falta, não das gargalhadas que sempre saiam quando estávamos juntos, mas do teu sorriso cúmplice que dispensava explicações porque o teu olhar já havia me explicado.
E eu nunca te disse mas você tem um péssimo gosto pra filmes, mas apesar disso eu adorava estar nos teus braços enquanto assistíamos. E por mais que o sofá tornasse pequeno pra nós dois era sempre você que ficava apertado, e esses seus pequenos cuidados diários faziam a minha paixão aumentar.
Ah, e lembra quando você disse que teríamos cinco filhos e três cachorros que era pra suprir a tua frustração de ser filho único? Apesar de achar uma loucura, eu compartilhei desse teu sonho, e eu quis ser a mãe de todos os teus cinco filhos.
Ah, eu já te perdoei por todas as tuas canalhices, sim, por todas.
E pra desencargo de consciência eu confesso que quando chegou o fim, em um momento de loucura eu invadi a tua privacidade e olhei todos os teus emails.
E todos esses momentos fez com que eu e você fôssemos “nós”, não eram os beijos, os abraços e os carinhos, muito menos teus recados nos post-its, nem tuas mensagens de madrugada ou os presentes que trocamos. Os recados continuam na minha velha agenda, os teus beijos e teus carinhos continuam na minha lembrança, os presentes estão lá, as paredes também... Nós não.
E até hoje eu não sei explicar se realmente era amor o que eu sentia por você, talvez sim, mas eu acho que foi só uma aprendizagem.
Apesar de, eu quero que você se cuide.

Não. Eu não sinto a tua falta. Às vezes, só às vezes, eu me lembro do quanto era bom aqueles nossos momentos, o quanto eles me fizeram feliz.
Não é do teu corpo, dá tua presença física, que eu sinto falta não, é da segurança que você me dava mesmo longe.
Ah, e nem é dos teus beijos, e sim dos teus carinhos, da sua mão no meu cabelo fazendo cafuné enquanto eu me esquecia da vida que existia lá fora.
E você precisa saber que não são os teus olhos que chamam atenção, mas a tua miopia. Ah, eu achava um charme a tua miopia!
E o meu vício por perfumes não me faz sentir saudades do teu, eu gostava mesmo era daquele teu cheiro das quartas-feiras à noite quando você voltava do futebol e passava lá em casa, o teu cheiro se fundia com o da maresia e se transforma na fragância perfeita, e eu, com o meu egoísmo, achava que aquele cheiro era meu, só meu.
E eu preciso confessar uma coisa, eu sempre odiei a tua comida sem sal e teus sucos estranhos, todas as vezes que comi foi por amor, porque apesar de ruim eu via a dedicação com que você os fazia pra mim.
E de todos os nossos momentos, o único que sempre vou lembrar é daquele dia que você colocou as cartas na mesa e me contou todos os teus medos, e você chorou, eu senti que naquele momento todos os nossos laços estreitavam-se para sempre, ledo engano...
E é do teu riso que eu sinto falta, não das gargalhadas que sempre saiam quando estávamos juntos, mas do teu sorriso cúmplice que dispensava explicações porque o teu olhar já havia me explicado.
E eu nunca te disse mas você tem um péssimo gosto pra filmes, mas apesar disso eu adorava estar nos teus braços enquanto assistíamos. E por mais que o sofá tornasse pequeno pra nós dois era sempre você que ficava apertado, e esses seus pequenos cuidados diários faziam a minha paixão aumentar.
Ah, e lembra quando você disse que teríamos cinco filhos e três cachorros que era pra suprir a tua frustração de ser filho único? Apesar de achar uma loucura, eu compartilhei desse teu sonho, e eu quis ser a mãe de todos os teus cinco filhos.
Ah, eu já te perdoei por todas as tuas canalhices, sim, por todas.
E pra desencargo de consciência eu confesso que quando chegou o fim, em um momento de loucura eu invadi a tua privacidade e olhei todos os teus emails.
E todos esses momentos fez com que eu e você fôssemos “nós”, não eram os beijos, os abraços e os carinhos, muito menos teus recados nos post-its, nem tuas mensagens de madrugada ou os presentes que trocamos. Os recados continuam na minha velha agenda, os teus beijos e teus carinhos continuam na minha lembrança, os presentes estão lá, as paredes também... Nós não.
E até hoje eu não sei explicar se realmente era amor o que eu sentia por você, talvez sim, mas eu acho que foi só uma aprendizagem.
Apesar de, eu quero que você se cuide.

(...) Preciso não dormir
Até se consumar
O tempo da gente (...)
Chico Buarque
Gostei muito do seu texto e da forma sensivelmente sincera com que vai descrevendo a sua relação com ele. Lendo bem, acredito que isso tenha sido amor pois somente esse sentimento para ``confundir`´ nossos sentidos e gostos a ponto de de tudo ser belo mesmo não sendo, sabe, como você disse...o suor, os filmes, tudo. Mas todo amor também é uma forma de aprendizado mesmo que o final não seja feliz e nem para sempre. Aprendemos com a vida e com as lições que coração ensina até o momento em que encontramos o ideal (a ideal, no meu caso) e vivemos um amor verdadeiro e real, além de maduro, é claro.
ResponderExcluirBeijos
Parabéns pelo blog
O "nós" se tornou "eu e você" - "de repente, não mais que de repente"
ResponderExcluirescreve muito bem..parabens..historias do coraçao é sempre legal de ler..mas não de viver! ;)
ResponderExcluirpassa no meu se puder!
bonito testo, expressa bons sentimentos de perdão e compreensão...é bom ser assim....tudo que pensamos, sentimos e falamos volta volta da mesma forma
ResponderExcluirCaracaaaaaa, meu namoro terminou essa semana...... e leio esse texto....
ResponderExcluirEngraçado é que estou vivendo tudo que disse em seu texto com a a diferente de que "eu e ele ainda formamos nós".
ResponderExcluirVocê escreve muito bem, moça!
Obrigado por passar em meu blog. Volte Sempre.
http://opniaoinutil.blogspot.com/
Nossa escreves De coração, e Otimamente! Adorei,
ResponderExcluirabraços,
http://maeachuquefuiabduzido.blogspot.com/
Vc poe seu coração em suas palavras, dignissimo seu blog adorei
ResponderExcluirbeijos fofa
Eu sempre soube que você odiava minha comida. Já esqueceu que eu sei ler teu olhar?
ResponderExcluirGuardo cada momento desses que você descreveu num lugar especial no meu coração, e é pra sempre.
Paulo
é difícil abrir o coraçao e deixar tantas coisas serem ditas assim...
ResponderExcluirmas você se saiu bem! muito bom o post... parabens...
legal o post
ResponderExcluirapesar d longo.
mas como um bom livro.
naum permite q a pessoa se disperse e
deixe d prestar atenção no sentimento q tu se propôs a compartilhar.
parabens pelo blog . . .
e espero sua visita no
www.bagageirodocurioso.spaceblog.com.br
sera bm vinda lá!.
boa semana