sábado, 1 de novembro de 2008

Plutão

Plutão era um menino mais jovem que eu. Era de tecnologia, estudou em uma das melhores universidades do Brasil, e me chamava de Sol.
Encontre-o por aí, em uma de minhas andanças. Tínhamos um assunto em comum: estávamos no mesmo hotel resolvendo o mesmo problema no Rio. Conheci pessoas fabulosas na cidade maravilhosa. E conheci Plutão na saída do avião, no Rio.
(...) Equiparou-me ao nosso astro rei em uma de suas divagações. Ledo engano. Não passei de uma pequenina estrela que já morreu e em breve desaparecerá.
Ah, Plutão, um menino bom. Um menino doce porém contido. Apaixonou-se por mim. E nunca tive coragem de dizer o porquê de minha rejeição, ah, Plutão. Convidou-me para jantares, passeios, filmes e exposições. Nunca aceitei. Não dei chances a Plutão. Não dei chances. Preferi ficar comendo chocolates no meu quarto – esse meu mundinho minúsculo do qual não saio há tempos.

Só espero que ele me perdoe.


Um comentário:

  1. O meu perdão, deverias saber, desde a época do texto já tens...

    Apesar de tantas ameaças de se apagar, o Sol brilha mais que nunca! Agora sou eu quem está a ponto de virar fumaça...

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